quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Parabéns Sofia

Parabéns Sofia

AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO

APSA


DELEGAÇÃO NORTE

AÇÃO DE SENSIBILIZAÇÃO E DIVULGAÇÃO SOBRE

SÍNDROME DE ASPERGER/PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO

 
 
 Oradores:   António Soares Vieira

                     Maria João Castro

(Elementos diretivos da Delegação Norte e pais de jovens com SA)

 
   Local:   Agrupamento  de Escolas de Marinhas - Esposende


   Data:     04 de Dezembro de 2012

 
   Hora:    16, 30  horas


 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vocacional: a via da inclusão ou da exclusão? por Andreia Lobo

 


Dar uma resposta educativa aos alunos de 13 anos com maiores dificuldades do ensino regular parece ser o objetivo da criação da nova modalidade vocacional. Na União Europeia a discussão sobre a criação de cursos vocacionais faz-se em torno das suas consequências sociais para os alunos: inclusão ou exclusão?
Cerca de 50% dos alunos dos países da União Europeia escolhem vias profissionais e profissionalizantes, ou seja, vocacionais. Mas a percentagem reflete alunos que por dificuldades de aprendizagem saíram das vias regulares, garantem os especialistas nesta área. Estes cursos são sinónimo do prestígio e qualidade de ensino atingida lá fora. Portugal tem figurado nas estatísticas como detendo mais alunos a frequentar o ensino geral em detrimento do profissional. Mas o cenário pode vir a mudar.
O início do ano letivo de 2012/2013 foi marcado pela criação da modalidade de ensino vocacional no 2.º e 3.º ciclos. Segundo dados do CEDEFOP, organismo europeu que monitoriza a educação e formação de adultos, na maioria dos países da EU, estas vias de ensino são introduzidas ao nível do secundário superior (10.º, 11.º, 12.º anos) e, em menor número, no secundário inferior (7.º, 8.º, 9.º anos).
Por cá, o Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, estabeleceu os princípios orientadores desta nova oferta formativa que funcionará este ano letivo enquanto experiência-piloto em 12 escolas pública e privadas do país. Mas o objetivo do Ministério da Educação e Ciência (MEC) é alargar a oferta a outros agrupamentos a partir de 2013/2014.

Opção ou punição?
O ensino básico vocacional foi pensado para os alunos a partir dos 13 anos de idade que, segundo o diploma, "manifestem constrangimentos com os estudos do ensino regular e procurem uma alternativa a este tipo de ensino". Em especial, os "alunos que tiveram duas retenções no mesmo ciclo ou três retenções em ciclos diferentes". Mas a opção de fazer do ensino vocacional uma alternativa para os alunos repetentes tem levantado muitas dúvidas entre os especialistas da educação. A questão é simples: poderão outros alunos com sucesso escolar também optar por esta via?

Mesmo para quem tem "constrangimentos" nos estudos, o encaminhamento não é obrigatório e exige o acordo dos pais, garante o MEC. Ainda assim, só pode ser feito após "um processo de avaliação vocacional, por psicólogos escolares, que mostre ser esta a via mais adequada às necessidades de formação dos alunos", diz o diploma.

Entretanto, em comunicado na sua página oficial, o bastonário da Ordem dos Psicólogos, Telmo Mourinho Baptista, alertou para a possibilidade de a oferta ser mal recebida: "Caso os cursos sejam percecionados pelos alunos, pelos pais e pela comunidade como um elemento punitivo do insucesso escolar, a medida corre o risco de se tornar prejudicial." E frisou a importância do envolvimento dos psicólogos para garantir que tanto os pais como os alunos estejam "devidamente informados sobre as várias alternativas de ensino e respetivas implicações na vida escolar profissional e dos jovens".

Do lado das escolas, os diretores reclamaram há semanas junto do ministro Nuno Crato, mais autonomia na decisão sobre quais os alunos a encaminhar para o ensino vocacional e a deixar seguir o regular. Em declarações ao Diário Económico, o coordenador do Conselho de Escolas, Manuel Esperança, pediu "vontade política" para entregar às direções das escolas a responsabilidade da orientação do aluno e sugeriu a criação de "critérios nacionais" que impeçam a frequência do ensino regular a alunos que não tenham aproveitamento às disciplinas de Português e Matemática ao longo de vários anos letivos.

Currículo geral e prática simulada
Tanto no 2.º como no 3.º ciclos, o plano de estudos do ensino básico vocacional é modular e contempla disciplinas de formação geral (Português, Matemática, Inglês e Educação Física), complementar (História e Geografia, Ciências Naturais, Físico-Química e uma segunda língua, não obrigatória, apenas no 3.º ciclo) e vocacional (atividades vocacionais e prática simulada).

Em termos de carga horária, a formação geral terá um total anula de 400 horas efetivas, no 2.º ciclo e de 350 no 3.º ciclo. As disciplinas complementares perfazem um total de 130 e 180, em cada um dos ciclos, respetivamente. Por último, a componente vocacional terá em ambos os ciclos uma duração de 360 horas dedicadas às atividades vocacionais e 210 horas para a prática simulada, preferencialmente, em empresas.

Das três componentes, a vocacional será, porventura, a que levantará mais dúvidas aos pais e alunos. É também a que distingue estes cursos e a que apresenta menos definições legais. Ao definir o objetivo da criação desta modalidade, o MEC esclarece no decreto-lei que esta deve levar os jovens a "desenvolver capacidades práticas que facilitem futuramente a sua integração no mundo do trabalho".

Sem duração fixa estabelecida, o diploma estabelece que os cursos devem ser adaptados "ao perfil de conhecimentos do conjunto de alunos" que neles estiver reunido. Caberá às escolas escolher o tipo de atividades vocacionais destes cursos, "desde que cumpridas as metas e perfis de saída". Qualquer que sejam as ofertas, o MEC pretende que "se articulem as necessidades e expectativas [do aluno], com os projetos educativos da escola e com as características do tecido empresarial".

Retorno ao nível geral de ensino
Na União Europeia, muita da discussão em torno do ensino vocacional se faz tendo em conta o grau de integração que esta via proporciona no nível de ensino geral e a possibilidade de continuação dos estudos no ensino superior, garante o CEDEFOP, no mais recente relatório publicado sobre educação e formação vocacional inicial [IVET -Initial Vocational Education and Training].

Em causa está a possibilidade de o aluno ser transferido para o ensino geral tendo optado anteriormente por uma via profissional ou profissionalizante (vocacional). Em Portugal, o recém-criado ensino básico vocacional assegura o prosseguimento de estudos, mas determina algumas regras para que um aluno possa regressar à via regular, após a conclusão do 6.º ano e do 9.º ano.

Assim, os alunos que terminem o 6.º ano no ensino vocacional podem voltar ao regular desde que tenham aproveitamento nas provas finais nacionais do respetivo ano. Bem mais fácil, é a continuidade dos estudos na via vocacional. A passagem para o 7.º ano na via vocacional não requer a realização das provas nacionais, apenas que o aluno tenha concluído 70% dos módulos lecionados no conjunto das disciplinas da componente geral e complementar, mas obriga a 100% de sucesso na componente vocacional.

Já os alunos dos cursos vocacionais que concluam o 9.º ano podem optar, para além das vias regular e vocacional, também pelo ensino profissional. De novo, a transferência para o ensino secundário regular implica aproveitamento nas provas finais nacionais do 9.º ano. Continuar na via vocacional no secundário (ainda sem regulamentação) será também mais fácil. As regras são iguais às estabelecidas para o acesso ao 7.º ano: não é necessária a realização das provas nacionais, tendo os alunos apenas de conseguir aproveitamento em 70% dos módulos geral e complementar e a 100% na componente vocacional. Por fim, a transferência para o ensino profissional secundário implica apenas o aproveitamento a todos os módulos do curso.

Independentemente do número de módulos concluídos com aproveitamento, os alunos dos cursos vocacionais podem sempre candidatar-se às provas finais nacionais.

Integração no mundo laboral
Ligar a escola às empresas parece ser uma condição essencial, ainda que não obrigatória, para o cumprimento dos objetivos propostos pela criação da via vocacional. A ligação tem por finalidade "sensibilizar os jovens para a realidade empresarial envolvente e possibilitar o estreitamento entre os universos empresarial e escolar".

No Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, o MEC determina que "serão estabelecidas parcerias entre as direções regionais de educação, os agrupamentos de escolas e as escolas privadas [que compõem já a experiência-piloto que arrancou este ano] e empresas, entidades ou instituições sediadas na área geográfica respetiva". Do diploma para as escolas, a importância da ligação ao mercado de trabalho vai depender da variedade dos programas profissionalizantes oferecidos aos alunos.

Recentemente, no relatório "Os jovens e as competências: pôr a educação a trabalhar", a UNESCO alertou para o risco de exclusão dos alunos que optam pelo ensino vocacional. Agregar em turmas vocacionais os alunos com insucesso escolar aumenta a desigualdade social, garante a organização. Sobretudo pelo facto de muitos destes cursos não agradarem aos empresários.

No relatório, a UNESCO condena ainda a diminuição do investimento em educação na sequência da crise financeira mundial que desde 2008 dita reduções orçamentais a vários níveis no setor público. Por outro lado, o documento relembra que face à atual situação económica, geradora de níveis de desemprego nunca antes registados, sobretudo entre os jovens, aumenta a necessidade de adequar as aprendizagens escolares ao mundo do trabalho.

Por cá, só o futuro dirá qual o impacto do ensino vocacional na economia portuguesa. Quanto aos resultados da experiência-piloto que decorre em 12 escolas do país, o MEC constituiu no final de outubro um grupo de trabalho para avaliar todos os cursos. Os resultados serão conhecidos já no final deste ano letivo.

Fonte: Educare

O nosso magusto na APPACDM

 
 
 
Na sexta-feira, dia 9 de novembro, comemos castanhas assadas com os nossos colegas da APPACDM e com os meninos do jardim de infância de Igreja - Marinhas. Antes, ainda fomos buscar alguns dos nossos amigos que estavam no centro de educação ambiental. De seguida, fomos para o espaço da APPACDM , onde já estavam todos à nossa espera com as castanhas assadas. Também tinhamos à nossa espera a nossa amiga Patrícia. Gostamos muito de ir até lá comer castanhas, somos muito bem recebidos!
 
Marinhas, 13 de novembro de 2012
Hélio Caseiro Marques


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A escola enfeita-se para festejar o Halloween








A noite de 31 de outubro é muito especial - é o Halloween - que designa "Noite dos Santos", a noite antes de "Todos os Santos" ou do "Dia de Todos os Santos".
Esta celebração começou na era pré-cristã. As pessoas acreditavam que no Halloween as almas dos mortos voltavam aos lugares onde tinha vivido. Esta é a história tradicional. Mas, hoje em dia, na Grã-Bretanha, o Halloween não é uma celebração assustadora, é altura para divertimento. Há muitas festas. As pessoas mascaram-se de bruxas, fantasmas, Drácula ou Frankenstein.
Na América há uma tradição diferente, chama-se "Trick or Treat" (doce ou partida). As crianças e adolescentes mascaram-se e vão bater à porta dos amigos e vizinhos e dizem "Trick or Treat". Estes dão-lhes doces ou fruta ("treat"). Se isso não acontecer, as crianças pregam uma partida ("trick").
Muitas casas têm à porta da rua, lanternas feitas de abóboras . A abóbora é esvaziada e são feitos buracos para os olhos, nariz e boca, depois é acesa uma vela lá dentro.
Em Portugal celebra-se o Dia de Todos-os-Santos, no dia 1 de Novembro. No dia 1 de novembro, as pessoas vão aos cemitérios colocar flores nas campas e rezar pelos seus entes queridos. Esta é uma velha tradição católica.

(in http://www.minerva.uevora.pt/netdays99/celebrar/products/halloweenp.htm)

O nossa horta no Outono

Hortelã
Menta
Alface
Loureiro

Cidreira








quinta-feira, 18 de outubro de 2012

UNESCO alerta que educação deve promover igualdade de oportunidades

 

Obrigar os alunos de baixo desempenho a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar a desigualdade social, alerta a UNESCO num relatório em que dá conta de 71 milhões de adolescentes não escolarizados no mundo.

Num documento, a divulgar hoje, a agência das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura diz também que está na altura de "prestar especial atenção não só aos 120 milhões que não alcançam o 4.º ano, mas também aos 130 milhões que assistem às aulas mas são incapazes de adquirir conhecimentos básicos", entre os 650 milhões de crianças do mundo em idade de frequentar a escola primária.

O relatório "2012 - Educação para Todos" é hoje apresentado em Portugal no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa.

No que diz respeito ao ensino secundário, o documento refere que este se deveria centrar nas competências básicas e promover a igualdade de oportunidades a todos os jovens para que possam adquirir capacidades transversais, assim como competências técnicas e profissionais que lhes permitam encontrar um bom trabalho e prosseguir os estudos.

Um plano de estudos comum na primeira fase do ensino secundário "ajuda a oferecer a todos os jovens as mesmas possibilidades de consolidar as suas competências", lê-se no texto.

"Obrigar os alunos de baixo desempenho a seguir o ensino técnico e profissional pode consolidar a desigualdade social e levar os empregadores a desvalorizarem esses programas", segundo o relatório.

Quando a opção for por esta via, recomenda-se a vinculação da escolarização a programas em meio laboral, através de períodos de práticas e aprendizagens de ofícios, o que pode ajudar os jovens a adquirir competências práticas de resolução de problemas.

O estudo confirma também que quanto mais elevado é o escalão socioeconómico a que pertencem os alunos, melhores são os resultados escolares.

Os autores do relatório frisam que a urgência de alcançar o objetivo da educação para todos, através da igualdade de oportunidades, se agudizou desde 2000.

"A crise económica mundial está a refletir-se no desempenho", avisam os peritos, segundo os quais um em cada oito jovens está hoje à procura de emprego.

Não satisfazer as necessidades dos jovens, em termos educativos, é "uma perda de potencial humano e de poder económico. As competências dos jovens nunca foram tão vitais".

No relatório diz-se ainda que os docentes são o recurso mais importante para melhorar o ensino.

Considerações sobre os currículos específicos individuais no ensino secundário

 


As consequências do alargamento da escolaridade obrigatória para os alunos com necessidades educativas especiais (NEE) tardou a ser equacionado pelos decisores políticos. Nas audições parlamentares que a Comissão de Educação Ciência e Cultura da Assembleia da República efetuou, este atraso foi repetidamente identificado como uma necessidade a que era preciso dar uma resposta atempada e afirmativa. A exclusão dos alunos que experimentam dificuldades no cumprimento das metas curriculares do ensino básico nunca poderia ser uma solução: não poderíamos minguar a Educação a quem mais dela precisa. O princípio de partida é que os alunos com NEE têm tanto ou mais necessidade de frequentar os 12 anos de escolaridade do que todos os seus colegas que não têm NEE. (Seria como cuidar de uma planta com uma terapêutica de ausência total de água).
Ora, uma esmagadora percentagem dos alunos com NEE frequentam em Portugal a escola regular. Esta política de todos os alunos - com e sem NEE - serem educados na escola regular estabelecendo relações pessoais, de aprendizagem e de entreajuda, é uma orientação internacional (referência ao artigo 24º da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência das Nações Unidas) que se tem procurado seguir no nosso país, ainda que com resultados desiguais.
Se os alunos com NEE têm direito e proveito em frequentar doze anos de escolaridade e cumpriram nove na escola regular, pareceria estranho que os últimos três anos fossem passados fora da escola regular. Pareceria e parece, sobretudo quando se lê a portaria 275 – A / 2012 publicada a 11 de setembro pelo Ministério da Educação e Ciência. Nesta portaria postula-se que os alunos que são portadores de um Currículo Específico Individual, nos 3 anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória, passam a ter um currículo de 25 horas semanais das quais só 5 horas são da responsabilidade dos docentes de Educação Especial das escolas regulares. Nestas cinco horas são lecionados conteúdos de Português, Matemática, 2ª Língua e Tecnologias da Informação e Comunicação. As restantes 20 horas são ministradas por técnicos e monitores dos Centros de Recursos para a Inclusão que asseguram as áreas de Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral, Desporto e Saúde, Organização do Mundo Laboral e Cidadania.
Este deslocamento do eixo educativo da escola regular para os Centros de Recursos para a Inclusão levantam-nos três ordens de questões:
1.Se a escola regular assegurou a educação de jovens com NEE durante pelo menos nove anos, porque é que ela deixa de estar capacitada para continuar a exercer a competência e o conhecimento que entretanto acumulou sobre estes casos?
2.Quando se retiram às escola áreas como “Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral”, “Desporto e Saúde” ou “Cidadania” isso será por se considerar que os alunos com NEE aprendem melhor estas áreas se estiverem com colegas com condições de deficiência, num meio segregado e mais restritivo que a escola regular?
3.Deixar à escola regular só os conteúdos de “Português” e “Matemática” - ainda por cima tão encolhidos de carga horária - passa uma mensagem clara: afinal as áreas estruturantes da última reforma curricular só são importantes para os alunos sem NEE! Com esta carga horária deixam de ter relevância “estruturante”. Outro aspeto ainda a considerar é que se passa a mensagem que a escola é para aprender conteúdos académicos (Português e Matemática) e que o Desenvolvimento, a Cidadania, o Desporto e Saúde (!) são áreas secundárias em termos educativos.
Precisamos de pensar do ponto de vista da educação o alargamento da escolaridade para os alunos com NEE. Isto não pode significar a desvalorização da inclusão: pelo contrário, é através da inclusão e da interação entre todos, que todos melhor se irão preparar para a vida pós escolar.

David Rodrigues
Presidente da Pró-Inclusão: ANDEE
Editorial da newsletter da 2ª quinzena de setembro da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

Perguntas sobre os currículos específicos individuais e os planos individuais de transição no ensino secundário

 


A Direção-Geral da Educação (DGE) disponibilizou a resposta a algumas questões mais frequentes sobre a aplicação da Portaria n.º 275-A/2012 no Ensino Secundário. É de lamentar, uma vez mais, que os normativos não sejam suficientemente objetivos e claros, havendo sempre necessidade de recorrer a esclarecimentos. Por vezes, os próprios esclarecimentos contrariam o articulado do normativo.

1. A Portaria n.º 275-A/2012 dirige-se unicamente aos alunos que frequentam o ensino secundário?
- Sim.
Com a publicação da Lei n.º 85/2009 de 27 de agosto, que estabelece o alargamento da escolaridade para 12 anos, a maioria dos alunos com Currículo Específico Individual (CEI) passa a desenvolver o Plano Individual de Transição (PIT) no ensino secundário. No sentido de orientar as escolas na construção dos CEI e PIT, esta portaria define uma matriz curricular a implementar através de uma ação coordenada entre as escolas secundárias e instituições parceiras.

2. Todas as instituições parceiras são elegíveis para efeito de financiamento?
- Não.
Ainda que as escolas possam estabelecer parcerias com instituições e empresas da comunidade, para efeitos de financiamento ao abrigo da presente Portaria apenas se podem candidatar as instituições abrangidas pela Portaria n.º 1102/97, de 3 de novembro.

3. Os alunos terão obrigatoriamente de frequentar atividades fora da escola?
- Não.
A ação coordenada das escolas e das instituições de educação especial pretende reunir sinergias de diferentes parceiros. Neste sentido, as instituições de educação especial, com todo o capital humano que têm vindo a acumular ao nível da conceção de currículos individuais orientados para o desenvolvimento de competências sociais e laborais, podem constituir um valioso recurso a colocar ao serviço das escolas de ensino regular.
O facto de ser atribuída a responsabilidade pela implementação de determinadas componentes do currículo às instituições de educação especial não significa que as atividades sejam desenvolvidas no espaço físico das instituições. As atividades são, preferencialmente e numa perspetiva funcional, desenvolvidas na escola e na comunidade. Existe ainda a possibilidade de reequacionar as responsabilidades pelas componentes do currículo, em função do interesse do aluno e das possibilidades das escolas e das instituições envolvidas.

4. Esta matriz curricular é obrigatória para todos os alunos com CEI que frequentam o ensino secundário?
- Sim.
No entanto, atendendo a que os alunos com CEI constituem um grupo heterogéneo, pelo que o desenho dos currículos deve ser ajustado às necessidades individuais de cada um, a matriz curricular é dotada de flexibilidade ao nível da definição dos conteúdos curriculares que integram cada componente do currículo. A matriz define ainda tempos mínimos para cada componente curricular, cabendo à escola a decisão quanto a um eventual complemento curricular.
Existe também flexibilidade ao nível da definição dos parceiros responsáveis pelo desenvolvimento das componentes do currículo. A escola pode, sempre que disponha dos recursos adequados, assegurar o planeamento, o desenvolvimento e a avaliação das componentes curriculares referentes ao Desenvolvimento Pessoal, Social e Laboral e à Organização do Mundo Laboral, ao Desporto e Saúde e à Cidadania*.

5. Com a publicação da Portaria n.º 275-A/2012 a escola passa a ser responsável apenas pelas componentes curriculares Comunicação e Matemática?
- Não.
Ainda que o desenvolvimento de determinadas componentes curriculares possa ser assegurado pelas instituições de educação especial, é à escola do ensino regular que compete a responsabilidade pela educação e ensino dos alunos abrangidos pela Portaria n.º 275-A/2012, tal como de todos os outros alunos.

6. Os alunos abrangidos pela Portaria n.º 275-A/2012 são obrigados ao mesmo regime de assiduidade e de pontualidade que os restantes alunos?
- Sim.
O Estatuto do Aluno e Ética Escolar, estabelecido na Lei n.º 51/2012 de 5 de setembro, aplica-se também a estes alunos.

7. Os alunos abrangidos pela Portaria n.º 275-A/2012 estão sujeitos ao mesmo regime de avaliação dos restantes alunos?
- Não.
De acordo com o Decreto-Lei n.º 3/2008, todos os alunos com CEI estão sujeitos aos critérios específicos de avaliação definidos no respetivo PEI.

* No texto original, a designação das componentes do currículo estão incorretas pelo que procedi à sua atualização.

In: Blogue Incluso

terça-feira, 19 de junho de 2012

E quando o médico diz: “O seu filho nasceu com uma deficiência”


E quando a resposta é: "Poderá haver um problema" ou " O seu filho nasceu com uma deficiência"! Naquele momento, naquele minuto fatal, desmorona-se tudo!

A partir do momento em que se confirma uma gravidez desejada, o casal, e até mesmo a família alargada, vive momentos de verdadeira felicidade. Tudo é pensado em nome da criança vindoura. A mãe cumpre religiosamente as consultas de acompanhamento, o pai delicia-se com o crescimento da barriga e juntos deliram com os primeiros "pontapeares". As compras focam-se na decoração do quarto do bebé, nas roupas mais confortáveis, na aquisição das "cadeirinhas" mais adequadas... 

A mãe e o pai idealizam o rosto da criança, com uma esperança, quase secreta, que ela venha a herdar geneticamente o melhor de cada um. Durante nove meses, a família é, assim, imbuída de emoções positivas e anseia o momento do nascimento! 

Quando a criança nasce, o pai comemora com os amigos, a mãe recebe telefonemas das amigas, enfim... vive-se o melhor momento da vida de qualquer ser humano! 

Todavia, nem sempre este cenário é assim! Quando o pediatra chega, com um ar quase ensimesmado, os olhos pequenos e um franzir na testa... O medo instala-se e os pais perguntam, quase desesperadamente: 

- O meu bebé está bem? Nasceu perfeitinho? 

E quando a resposta é: "Poderá haver um problema" ou "O seu filho nasceu com uma deficiência" Naquele momento, naquele minuto fatal, desmorona-se tudo! 

A criança sonhada, a criança idealizada, dá lugar a uma criança não desejada, isto porque nenhum ser humano deseja ter uma criança com deficiência! 

E no meio deste sequestro emocional, a mãe tem alta, vem para casa com "outro" bebé e sem qualquer tipo de apoio psicológico! 

Os pais percorrem, assim, um longo período de sofrimento, passando por várias etapas, muitas vezes, sozinhos. 

São estes pais que chegam à minha "Escola de Pais Especiais". Pais revoltados, amargurados, sem vida própria, que esqueceram de viver, pois tudo passou a centrar-se nos cuidados do novo ser. 

A estes pais eu gostaria de dizer que ter uma criança com deficiência não é prenúncio de uma vida futura infeliz. A deficiência não é uma fatalidade! É, antes, um reaprender a amar de forma diferente, mais intensa, mais verdadeira e única! E lembrem-se, quanto mais depressa superarem o ciclo de sofrimento, mais depressa apreciarão os encantos que só estas crianças são capazes de oferecer! 

Chegam-me ainda outros pais especiais, como o caso da mãe Rosalina, que me disse: "Eu tenho três filhos com necessidades educativas especiais, mas tenho a certeza que não existe um família tão feliz como a nossa"! 

É esta raridade de emoções positivas, é este amar superiormente, é este viver apaixonadamente com um filho especial, que precisa ser "contagiado" àqueles que se deparam, neste momento, com a impotência de ser pais com um filho com deficiência. 

Urge, por isso, um agitar de consciência social e política, no que concerne ao apoio emocional destes pais tão especiais e à intervenção precoce do seu filho. 

Urge fazer perceber a estes pais e ao mundo em geral que se a Natureza ditou estas crianças é porque necessita delas! Afinal... elas são seres excecionais! 

Urge a desmistificação da deficiência. 

Urge acreditar no que estas crianças nos acrescentam diariamente, tornando-nos, a todos nós, também pessoas especiais! 

A estas crianças o meu eterno Obrigada, e a todos os pais especiais, 

Um sorriso especial! 
Fonte: Educare

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Final de Ano Letivo....











Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
A subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E tu aprendes que amar não significa apoiares-te,
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
E presentes não são promessas.

E começas a aceitar as tuas derrotas
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo tu aprendes
Que o sol queima se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto tu te importes,
Algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
Ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoá-la por isso.

Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
E apenas segundos para destruí-la,
E que tu podes fazer coisas num instante,
Das quais te arrependerás para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades
Continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que tu tens na vida,
Mas quem tu tens na vida.

E que bons amigos são a família
Que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.


Descobres que as pessoas
Com quem tu mais te importas na vida
São-te tomadas muito depressa,
Por isso sempre devemos deixar
As pessoas que amamos com palavras amorosas,
Pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que as circunstâncias e os ambientes
Têm influência sobre nós,
Mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
Mas com o melhor que podes ser.
Descobres que levas muito tempo
Para te tornares na pessoa que queres ser,
E que o tempo é curto.

Aprendes que não importa aonde já chegaste,
Mas para onde estás a ir.
Mas se tu não sabes para onde estás a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significa
Ser fraco ou não ter personalidade,
Pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,


Existem sempre dois lados.

Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita prática.
Descobres que algumas vezes
A pessoa que tu esperas que te chute quando tu cais
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver
Com os tipos de experiência que tiveste
E o que tu aprendeste com elas
Do que com quantos aniversários já celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.

Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estás com raiva
Tens o direito de estar com raiva,
Mas isso não te dá o direito de seres cruel.

Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.

Aprendes que nem sempre é suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.

Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não é algo
Que possa voltar para trás,
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
Ao invés de esperares que alguém te traga... flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...

Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
E que tu tens valor diante da vida!
As nossas dúvidas são traidoras
E fazem-nos perder
O bem que poderíamos conquistar,
Se não fosse o medo de o tentar..."


W. Shakespeare





terça-feira, 12 de junho de 2012

A Feira das Ervas Aromáticas





O ano letivo está mesmo a terminar... mas antes ainda há tempo, para "vendermos" o produto do trabalho da nossa horta. E temos de tudo: menta, hortelã, coentros, salva, caril... uma mistura de sabores e odores para tornar os alimentos mais saborosos e apetitosos.

A nossa pintora!

O quadro já está concluído! Mais uma conquista... Está lindo, Bruna! Parabéns pela tua sensibilidade e fantasia... O mundo sem cor e magia é um lugar muito mais cinzento e triste.



Lenço dos Namorados



Parabéns João Bruno!

Make a video of your own at Animoto.

O nosso quadro já concluido





Eu e o meu amigo João Bruno já concluimos a nossa pintura. Gosto muito de pintar... quando estou a pintar sinto-me bem.


Hélio Marques

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dia da Criança

O Menino Azul
O menino quer um burrinho
para passear.
Um burrinho manso,
que não corra nem pule,
mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinho
que saiba dizer
o nome dos rios,
das montanhas, das flores,
— de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinho
que saiba inventar histórias bonitas
com pessoas e bichos
e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundo
que é como um jardim
apenas mais largo
e talvez mais comprido
e que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escrever
para a Ruas das Casas,
Número das Portas,
ao menino azul que não sabe ler.)

Cecília Meireles