terça-feira, 29 de maio de 2012

O nosso passeio!




Na última quarta feira, dia 23 de maio, fomos todos ao jardim zoológico da Maia. Saímos da escola  todos contentes rumo à aventura. Quando chegamos, fomos visitar o reptilário, de seguida o zoo, depois fomos assistir ao espetáculo do leão marinho. No fim do espetáculo,  continuamos a ver e a fotografar os animais. Até que a fome apertou e fomos almoçar. Pusemos a nossa mesinha e toca a comer. No final do almoço, fomos todos brincar para o parque: andamos de baloiço, andamos no escorrega, comemos gelados... Foi muito bom!
Por último, ainda fomos todos dar uma volta no comboio do parque.
Gostamos todos muito do dia!

Hélio Marques

Visita ao Zoo da Maia

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Venda de Pirilampos




 


Na semana passada colaboramos com a APACI   numa venda de pirilampos. Os professores, os alunos e os funcionários da Escola aderiram e compraram. Obrigada a TODOS!

O nosso quadro!

Eu e o meu amigo João estamos os dois a pintar um quadro. Eu gosto muito de pintar e estou a divertir-me muito a fazer este trabalho. Acho que está a ficar bonito!
Hélio Marques
Marinhas,22 de maio de 2012




terça-feira, 15 de maio de 2012

ESCLARECIMENTO - Provas Finais de Ciclo do Ensino Básico - Alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente (NEE)

Partilho um esclarecimento do Júri Nacional de Exames relativo às provas finais de ciclo do ensino básico para os alunos com necessidades educativas especiais. Esta informação foi remetida por uma colega, a quem agradeço publicamente o gesto. Em suma, não vem acrescentar nada às tomadas de posição do Júri Nacional de Exames relativamente à realização das provas por alunos com necessidades educativas especiais. Há a salientar o facto de, a cumprir-se a informação, o número de alunos com currículo específico individual ter tendência a aumentar exponencialmente, com todas as consequências pessoais e futuras que a medida implica... in Incluso

ESCLARECIMENTO
Provas Finais de Ciclo do Ensino Básico

Alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente (NEE)

O atual sistema de respostas a alunos com NEE assenta no princípio de que não pode ser negado a um aluno o direito de seguir o currículo comum, sempre que tal seja possível, nem o direito à avaliação, com as necessárias adequações, sempre que seja seguido o currículo comum.

Nesse sentido, o Decreto-lei n.º3/2008 estabelece que os alunos com NEE devem beneficiar de medidas de acesso ao currículo nacional, entre as quais, apoio pedagógico, tecnologias de apoio e adequações curriculares.

Estes alunos, tal como em anos anteriores, podem beneficiar de condições especiais na realização das provas de âmbito nacional, como a utilização de tecnologias de apoio e equipamento ergonómico, tolerância de tempo, reescrita de prova por um docente, registo em folha de prova das respostas que o aluno ditar, presença de intérprete de Língua Gestual Portuguesa e enunciados adaptados pelo Gabinete de Avaliação Educacional (em braille e em formato digital para ampliação), condição especial na classificação das provas de alunos disléxicos, entre outros, mas respeitando sempre a aprendizagem do currículo comum.

Simultaneamente, os alunos do 6.º e 9.º ano cegos, com baixa visão, surdos severos ou profundos ou com limitações motoras severas que, relativamente à prova caracterizada na Informação-Prova final da responsabilidade do GAVE, necessitem de alterações nos instrumentos de avaliação ao nível da estrutura das provas e na tipologia e formulação dos itens, podem realizar provas finais a nível de escola nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, as quais têm as adaptações formais necessárias às características de cada aluno, sem as quais estes não as conseguiriam realizar. A realização de provas a nível de escola nestas situações carece de autorização do Presidente do Júri Nacional de Exames. Neste grupo enquadram-se alunos que cegaram recentemente e ainda não dominam com fluência a leitura braille, alunos com baixa visão que têm muita dificuldade em ler texto ampliado em computador, alunos com surdez que apresentam grandes lacunas no domínio da Língua Portuguesa escrita e que ainda não dominam suficientemente a Língua Gestual Portuguesa ou, alunos com limitações motoras muito incapacitantes, situação que se traduz em grande morosidade da atividade e muito cansaço físico.

Existe, porém, um grupo de alunos com NEE que não consegue seguir o currículo nacional, mesmo que lhe sejam proporcionados meios excecionais de acesso. Para estes alunos, o Decreto-lei n.º3/2008 determina que possam seguir um currículo específico individual, feito à medida de cada um, focalizado no desenvolvimento de competências orientadas para uma vida futura com a máxima autonomia e integração familiar, profissional e social. Estes alunos, como é claramente compreensível, não estão sujeitos ao regime geral de avaliação, sendo esta definida e realizada em função do currículo que seguem.

Ora, de acordo com as orientações da Direção Geral de Educação, os alunos com necessidades educativas especiais do 6.º ano de escolaridade englobados no primeiro subgrupo, têm de realizar as provas finais de ciclo de âmbito nacional, embora com a aplicação das devidas condições especiais na sua realização mas, sem alterações no seu conteúdo. Assim, os estudantes devem ser preparados através da boa aplicação das diferentes medidas educativas, nomeadamente, apoios pedagógicos personalizados e condições especiais de matrícula previstos no referido diploma, estando as escolas dotadas de todas as condições para o fazerem. Não há qualquer motivo para que estes alunos, que já realizaram as provas de aferição no 4.º ano sem qualquer adaptação, não sejam avaliados com os instrumentos de avaliação de âmbito nacional, ainda que com a aplicação das condições especiais de realização necessárias, forma de garantir que estes alunos dominem os conhecimentos básicos de Língua Portuguesa e de Matemática para prosseguirem estudos no 3.º ciclo.

Em síntese, se os alunos com necessidades educativas especiais frequentam o currículo comum beneficiando das medidas de apoio pedagógico personalizado, tecnologias de apoio, adequações no processo de avaliação ou mesmo adequações curriculares individuais previstas na legislação, devem também ter acesso à avaliação comum realizando as mesmas provas de avaliação sumativa externa, podendo beneficiar de condições especiais na sua realização.

Acesso ao documento aqui ou na página do Júri Nacional de Exames.

Negada leitura de enunciado a aluna do 9.º ano com dislexia





Uma aluna com dislexia viu negada pelo Júri Nacional de Exames (JNE) a possibilidade de realizar as provas finais do 9.º ano em sala separada com leitura de enunciados, uma medida que tem feito parte do seu percurso escolar.


«A Constança fez assim [nestas condições] as provas de aferição do 6.º ano e teve B (Bom) a Língua Portuguesa, o problema é a leitura, precisa que um professor leia os enunciados e ela responde», contou a mãe à agência Lusa, enquanto diligencia junto do Ministério da Educação para resolver o problema da filha de 14 anos, com dislexia profunda.

No processo, a que a Lusa teve acesso, constam recomendações da escola, em Odemira, da terapeuta, e até um despacho favorável da Direção Regional de Educação do Alentejo para que seja atendido o pedido da encarregada de educação, Mafalda Alves.

Para o JNE, os alunos com dislexia só podem usufruir de uma tolerância de 30 minutos na realização das provas e de critérios próprios de correção.

«Um aluno com necessidades educativas especiais de caráter permanente se não dominar as aprendizagens e conhecimentos de Língua Portuguesa (domínio da leitura, do funcionamento da língua e da escrita) e de Matemática, não tem condições de frequentar estudos de nível secundário», escreveu o JNE em resposta à solicitação.

Indignada, a mãe questiona se a escolaridade não é obrigatória: «Isto é inacreditável».

A informação conjunta do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e do JNE refere que podem ser abrangidos por provas adaptadas de final de ciclo e exames nacionais alunos cegos, com baixa visão ou limitações motoras severas.

Para a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), não fazem sentido «as considerações» do JNE sobre a capacidade da aluna prosseguir ou não os estudos para o secundário antes de fazer os exames.

«É ridículo todo o conjunto de considerações do JNE e, na minha opinião, até contraria a garantia dada pelo ministro na Assembleia da República de que os alunos com NEE fariam as provas com as adaptações necessárias», disse à Lusa o presidente da CONFAP, Albino Almeida, sugerindo a reapreciação do processo.

Para a Constança o tempo escasseia. As provas do 9.º ano realizam-se no próximo mês. A mãe tem ainda esperança de que a secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, avalie os documentos que lhe remeteu.

«Não é só pela minha filha, a Constança tem uma mãe que estuda todos os dias com ela em casa. É uma miúda que sabe e tem superado provas incríveis, mas muitas outras crianças serão confrontadas com estas dificuldades», defendeu.

Mafalda considera injusta a resposta que obteve do JNE e espera que outras crianças possam ser abrangidas pela medida que pede para a filha, mesmo sem serem cegas, surdas ou portadoras de graves deficiências motoras.

A Lusa questionou o Ministério da Educação, que remeteu uma resposta do JNE, em que pode ler-se que aos alunos com dislexia «não pode ser autorizada a leitura dos enunciados».

A Constança é portadora de Défice de Atenção, Motricidade e Perceção (DAMP) e Perturbação Específica do Desenvolvimento da Linguagem (PEDL), que estão na origem da dislexia e da disortografia, segundo o relatório que acompanha o processo.

Porém, é capaz de responder corretamente a questões de interpretação quando lhe são lidas.

O JNE diz ainda que algumas escolas «generalizaram certas condições especiais de realização das provas de uma forma pouco criteriosa, em particular a medida de leitura de enunciado por um professor».
In: TVI24

Comentário:
Segundo o JNE «Um aluno com necessidades educativas especiais de caráter permanente se não dominar as aprendizagens e conhecimentos de Língua Portuguesa (domínio da leitura, do funcionamento da língua e da escrita) e de Matemática, não tem condições de frequentar estudos de nível secundário».
Esta afirmação é gravosa e contraria toda a filosofia da educação inclusiva e da educação humanista. A colocação em prática desta medida contribui essencialmente para: fomentar declaradamente o insucesso escolar em alunos com capacidades (relembro que um aluno disléxico caracteriza-se, entre outros aspetos, por não apresentar limitações no domínio cognitivo); aumentar o número de alunos com currículo específico individual, desajustado do seu perfil de funcionalidade.
Infelizmente, parece que estamos a retroceder e a voltar à filosofia da escola tradicional, esquecendo-se o Ministério da Educação e Ciência da resolução dos problemas reais, como, por exemplo, as implicações e o impacto do alargamento da escolaridade obrigatória nos alunos com necessidades educativas especiais.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Perturbações do espetro do autismo: “Diagnóstico não é uma fatalidade”

 

As perturbações do espetro do autismo (PEA) são disfunções globais de desenvolvimento. A sua origem é essencialmente genética, mas pode haver a confluência de muitos fatores. De modo geral, englobam o autismo a síndrome de Asperger, com prognóstico menos grave, e a perturbação global de desenvolvimento não especificada, associada a outras patologias ou atrasos globais.
 
O EDUCARE.PT traça uma análise sobre as PEA com Alda Coelho, responsável pela organização em 2011 da I Reunião Científica sobre Perturbações do Espectro do Autismo, que tem acumulado experiência na consulta a esta doença no Centro Hospitalar de São João, no Porto.
 
O espaço de ambulatório do serviço de pediatria, integrado na consulta de pedopsiquiatria, funciona neste hospital central em articulação com a Unidade de Desenvolvimento, que colabora na avaliação e exames complementares. Cerca de 200 crianças são aqui seguidas e estão sempre a surgir novos casos encaminhados por pediatras ou médicos de família.
 
A quem está agora a começar a lidar com as PEA, Alda Coelho aconselha a leitura do Manual com orientação para pais e profissionais e do livro de testemunhos de mães de crianças portadoras de autismo Olha para Mim.
 
Primeiros sinais
"Os primeiros sinais podem começar a aparecer aos 18 meses, por vezes antes, com atraso ou retrocesso na linguagem, isolamento, desinteresse pelos brinquedos ou jogos habituais desta idade, tendência para rotinas e atividades repetitivas", explica Alda Coelho. Como ver repetidamente filmes ou publicidade, ter um fascínio por certos pormenores. "Podendo a criança ficar agitada caso as atividades sejam interrompidas", precisa.

Sensibilidade particular aos ruídos, apesar de geralmente gostarem muito de música, dificuldade em apontar, imitar ou estabelecer contacto visual, sem que geralmente haja o uso de gestos para compensar a falta de linguagem verbal, são sinais que também pode ocorrer. "O facto de parecer que a criança não reage quando chamamos, como se não ouvisse, ficando alheada no seu mundo deve ser um sinal de alarme", garante a médica.

"Claro que às vezes o diagnóstico não é fácil nem linear e o prognóstico é muito diferente se for um autismo ou um caso de asperger, podendo, nos primeiros anos, ser difícil de distinguir." À consulta de Alda Coelho chegam pais, tanto com a suspeita de que o seu filho tem PEA, como a pensar tratar-se apenas de um atraso de fala. "Por isso, devemos ser cautelosos na abordagem do diagnóstico, e dar sempre uma mensagem de esperança e ter disponibilidade para os atender", sublinha.

Na consulta do Centro Hospitalar de São João, foram criados grupos de apoio aos pais que para Alda Coelho constituem uma forte rede de suporte. "É importante que os pais sintam que este diagnóstico não é uma fatalidade e há muito para desenvolver e aprender com estas crianças."

Aos pais, Alda Coelho transmite confiança nas potencialidades reveladas por estas crianças e na evolução do apoio prestado: "É preciso não desistir e dar valor ao que é essencial, ou seja, ajudar as crianças com PEA a sentirem-se mais felizes e compreendidas."

Integração na escola
As dificuldades na comunicação e socialização são as mais evidentes. Mas os casos mais graves são acompanhados por comportamentos muito repetitivos e marcadas dificuldades cognitivas, alerta Alda Coelho, "o que leva à necessidade de grande apoio e supervisão".

Na escola, podem ocorrer situações de isolamento e manifestações de ansiedade perante situações novas. Dificuldade em expressar ou controlar as emoções o que pode levar a atitudes disfuncionais, gritos ou estereotipias (gestos repetidos). A linguagem pode ser repetitiva, em eco (ecolalia), com inversão de pronomes, muitas vezes sem intencionalidade.

"Na perturbação de Asperger o compromisso da linguagem é menor ou nem existe, havendo, no entanto, interesses particulares e dificuldades nas competências sociais, com tendência para fazer uma interpretação literal", precisa Alda Coelho. A dificuldade em entender a ironia ou segundo sentido "pode levar a comentários pueris ou inconvenientes sem se aperceberem realmente do seu efeito no outro". Por isso, "esta condição costuma originar dificuldade na integração, sendo por vezes alvo de troça ou até de bullying por parte dos colegas", acrescenta.

As crianças com síndrome de Asperger "têm geralmente boa memória visual", destaca a pedopsiquiatra, "mas habitualmente não gostam muito de escrever". São ainda comuns as dificuldades na coordenação e planeamento motor ou integração sensorial. As alterações de rotinas e a pressão do meio podem criar-lhes muita ansiedade.
Formar para incluir
A inclusão na escola, para Alda Coelho, passa "antes de mais nada" por informar e formar os professores, educadores e técnicos de apoio para as particularidades específicas destas crianças. "Necessitam de ter uma intervenção precoce, intensiva e estruturada, com ambientes calmos e uso de pistas visuais que permitam criar previsibilidade e tranquilidade." Daí que seja necessária uma articulação entre a escola e a família, "que é quem melhor conhece a criança", e um "grande envolvimento afetivo".

A vinculação está na base de todo o desenvolvimento cognitivo e relacional. "É por esta razão que, inicialmente, não deve haver muitos técnicos diferentes a trabalhar com a criança, mas apenas um que faça a estimulação global a partir de um contacto preferencial, começando aos poucos a articular com os restantes terapeutas, da fala, motricidade, entre outros".

Em primeiro lugar, explica Alda Coelho, são os interesses da criança que devem ser seguidos. "Sempre com grande envolvimento afectivo e lúdico, começando depois a delinear outras estratégias através da elaboração de um plano de intervenção após uma cuidadosa avaliação multidisciplinar".

Introduzir estes apoios na escola pública, em consonância com a Intervenção Psicoeducacional Integrada, desenvolvida no Centro Hospitalar de São João, foi o que levou Alda Coelho, juntamente com as médicas Ana Aguiar e Noémia Coleta, a propor um projeto peculiar: a criação de unidades especializadas para apoiar crianças com PEA. "Para além do modelo TEACCH, já utilizado há anos em Coimbra, procuramos implementar uma intervenção mais abrangente e integrativa, multidisciplinar, articulada com o envolvimento da família", explica.

A intervenção pensada pelas três médicas "implica a existência de salas com equipamento adequado, formação dos técnicos e a tentativa de integração gradual na sala de aula de acordo com a evolução de cada criança, procurando desenvolver um currículo individualizado, com preparações prévias e adaptações", esclarece Alda Coelho.

Apesar de estas unidades já estarem contempladas na lei, a equipa criadora sente que "para o projeto inicial ser posto em prática ainda há muito para fazer". Alda Coelho resume o que falta para a intervenção desejada: "Era necessário começar mais cedo, nos infantários, com mais formação específica e continuidade dos técnicos, adequação de cursos profissionais adaptados no 3.º ciclo, com monitores preparados, ou, nos casos mais graves, treino de atividades de vida diária (AVD) e autonomia relativa, com mais apoios aos pais e nos tempos de lazer".
 
Apoio dos professores
Os professores "devem tentar chegar até às crianças e não esperar ou forçar o movimento inverso", alerta Alda Coelho, "procurando o contacto através de estímulos que lhes interessam e percebendo o que as assusta ou as acalma". A alteração brusca de rotinas e os ambientes confusos e ruidosos devem ser evitados. Por isso, esclarece a pedopsiquiatra, "as mudanças devem ser previamente preparadas de acordo com as características da criança e as estratégias sugeridas pelo modelo do ensino estruturado".

Na sala de aula, aconselha Alda Coelho, "seria importante utilizar pistas visuais, e outros métodos igualmente estruturados e gratificantes, evitando a pressão e o isolamento social". Nos tempos livres a criança deve ter um tutor, professor ou colega, que promova a sua socialização. Sem esquecer "que todas estas crianças devem ser sinalizadas para apoio por parte do ensino especial, com planos de intervenção adequados a cada caso, mantendo uma grande articulação entre os técnicos e a família", conclui.
Andreia Lobo
In: Educare

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Simplesmente... Mãe!

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Poema à Mãe

(...)
Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, in "Os Amantes Sem Dinheiro"

O Fundo do mar

Fundo do Mar
No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços. (...)
                   Sophia de Mello Breyner Andressen

Parabéns Bruna! O teu quadro está lindo... leva-nos a viajar, a percorrer outros mundos... leva-nos a um mundo de jardins suspensos, cavalos marinhos.. em que tudo é possível.